Autoridade de aviação civil aponta uso indevido de simuladores em treinamentos de operações em aeroportos de categoria C
Em 8 de outubro de 2025, a Diretoria Geral de Aviação Civil da Índia (DGCA) aplicou uma multa de aproximadamente 2 milhões de rúpias à IndiGo Airlines, a maior companhia aérea do país, por falhas no treinamento de pilotos. A penalidade foi imposta após uma investigação que identificou o uso de simuladores inadequados para a preparação de tripulações que operam em aeroportos de categoria C, considerados de maior complexidade operacional.
De acordo com a DGCA, os simuladores utilizados não reproduziam com precisão as condições desses aeroportos, o que poderia comprometer a segurança das operações. A IndiGo, no entanto, afirmou que pretende recorrer da decisão, alegando que seus programas de treinamento seguem padrões internacionais de segurança.
O que são aeroportos de categoria C
Os aeroportos de categoria C exigem habilidades adicionais e treinamento específico por parte dos pilotos. Esses aeroportos geralmente apresentam características desafiadoras, como pistas curtas, relevo irregular, condições meteorológicas severas ou aproximações complexas.
Entre exemplos conhecidos estão Lukla (Nepal), Innsbruck (Áustria) e Paro (Butão) — destinos onde apenas pilotos especialmente treinados têm permissão para operar. Na Índia, alguns aeroportos de montanha ou de difícil acesso também se enquadram nessa categoria, exigindo simulações precisas durante o treinamento.
Segurança em primeiro lugar
A DGCA reforçou, em nota oficial, que a decisão visa garantir o mais alto nível de segurança nas operações aéreas e que continuará monitorando o cumprimento rigoroso das exigências técnicas de treinamento por todas as companhias do país.
A multa contra a IndiGo ocorre em um momento em que a aviação indiana vive rápida expansão, com aumento expressivo no número de passageiros e na frota de aeronaves. O crescimento acelerado traz consigo o desafio de manter padrões consistentes de treinamento e segurança — especialmente em empresas de grande porte, como a IndiGo, que opera mais de 2.000 voos diários.
A resposta da companhia
Em comunicado à imprensa, a IndiGo declarou que mantém compromisso absoluto com a segurança operacional e que revisará os apontamentos da DGCA em conjunto com seus instrutores e equipes técnicas.
“Seguimos todos os padrões internacionais e estamos confiantes de que nossos procedimentos são seguros e eficazes”, afirmou um porta-voz da empresa.
Reflexos no setor
Especialistas destacam que a ação da DGCA serve como alerta para outras companhias aéreas, reforçando a importância do treinamento técnico adequado e da atualização constante dos simuladores. Em um mercado que cresce em ritmo acelerado, garantir a excelência na formação de pilotos é essencial para preservar a confiança do público e a integridade das operações.
Fontes:
Reuters
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